Na Luz da Verdade

Mensagem do Graal de Abdrushin


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5. Responsabilidade

Essa questão continua sendo primordial, porque a grande maioria dos seres humanos gostaria de livrar-se de toda responsabilidade, jogando-a sobre qualquer outra coisa, menos sobre si mesmos. Que isso constitua em si uma desvalorização pessoal não tem nenhuma importância para eles. A tal respeito são de fato bem humildes e modestos, mas somente a fim de poderem entregar-se a uma vida ainda mais prazenteira e inescrupulosa.

Seria, pois, tão bonito poderem satisfazer todos os seus desejos e entregar-se a todos os seus apetites, também perante outras pessoas, ficando isentos de castigo. As leis terrenas podem, em casos de necessidade, ser facilmente burladas, evitando conflitos. Os mais habilidosos podem até mesmo, acobertados por essas mesmas leis, realizar empreendimentos astuciosos muito bem sucedidos e fazer muitas outras coisas que não suportariam nenhum exame mais pormenorizado. Ainda muitas vezes granjeiam com isso a fama de pessoas excepcionalmente eficientes. Portanto, com alguma habilidade poderia se levar uma vida bem agradável, conforme suas próprias idéias, se... não existisse algures determinada coisa que despertasse um sentimento incômodo, se não surgisse às vezes uma momentânea inquietação no sentido de que, finalmente, muita coisa poderia ser um pouco diferente do que o próprio desejar estabelece para si.

E assim também é! A realidade é séria e inexorável. Os desejos humanos não podem, a tal respeito, provocar alterações de espécie alguma. Férrea se mantém a lei: “O que o ser humano semeia, isso ele colherá multiplicadamente!”

Estas poucas palavras contêm e dizem muito mais do que tantos pensam. Coadunam-se, com precisão e certeza absolutas, com os fenômenos reais do efeito recíproco que reside na Criação. Não poderia ser encontrada expressão mais adequada para o fato. Assim como a colheita resulta na multiplicação de uma semeadura, da mesma forma o ser humano colherá sempre multiplicado aquilo que ele despertou e emitiu com suas próprias intuições, de acordo com a espécie de seu pensamento.

A criatura humana traz, por conseguinte, espiritualmente, a responsabilidade por tudo quanto faz. Essa responsabilidade já inicia com a resolução, não apenas por ocasião do ato realizado, que nada mais é senão uma conseqüência da resolução. E a resolução é o despertar de um querer sincero!

Não existe separação nenhuma entre o Aquém e o chamado Além, mas sim tudo é um único e imenso existir. Toda essa Criação gigantesca, em parte visível e em parte invisível aos seres humanos, atua como uma engrenagem admiravelmente bem feita, jamais falhando, que se articula com justeza, sem se desengrenar. Leis uniformes seguram o todo, as quais, como um sistema nervoso, tudo perpassam e sustentam, e atuam mutuamente em constante efeito recíproco!

Quando nisso então as igrejas e as escolas falam do céu e do inferno, de Deus e do diabo, tudo isso está certo. Errada, porém, é a explicação referente às forças boas e más. Isso induzirá qualquer indagador sério imediatamente a erros e dúvidas; pois onde existem duas forças, logicamente deve haver dois soberanos, neste caso, portanto, dois deuses, um bom e um mau.

E este não é o caso!

Existe apenas um Criador, um Deus, e, portanto, também apenas uma força que perflui, vivifica e fomenta tudo o que existe!

Essa força de Deus, pura e criadora, flui constantemente através de toda a Criação, reside nela e é inseparável dela. Encontramo-la por toda parte: no ar, em cada gota d’água, nas rochas que se formam, nas plantas que crescem, nos animais e naturalmente nas criaturas humanas também. Nada existe onde ela não esteja.

E assim como ela tudo perpassa, da mesma forma também perflui ininterruptamente o ser humano. Este, porém, é constituído de tal maneira, que se assemelha a uma lente. E assim como uma lente reúne os raios solares que a atravessam, conduzindo-os adiante em forma concentrada, de maneira que os raios caloríficos, unindo-se em um ponto, ardem e inflamando acendem fogo, da mesma forma o ser humano, devido a sua constituição especial, reúne por meio de sua intuição a força da Criação que o perpassa e a conduz adiante, de forma concentrada, através de seus pensamentos.

Conforme a espécie desse intuir e dos pensamentos que se ligam a ele, o ser humano dirige a força criadora de Deus, de atuação autônoma, para bons ou maus efeitos!

E essa é a responsabilidade com que o ser humano tem de arcar!

Vós, que muitas vezes procurais de modo tão convulsivo encontrar o verdadeiro caminho, por que tornais isso tão difícil para vós? Imaginai com toda a simplicidade como a força pura do Criador flui através de vós, a qual dirigis com os vossos pensamentos em direção boa ou má. Dessa maneira, sem esforço nem quebra-cabeça, tereis tudo! Considerai que depende da simplicidade de vosso intuir e pensar, se agora essa força prodigiosa irá acarretar o bem ou o mal. Que poder benéfico ou destruidor vos é concedido com isso!

Nisso, não precisais fazer esforço que vos provoque suor na fronte, nem precisais agarrar-vos às chamadas práticas ocultistas, a fim de, mediante contorções corporais e espirituais, possíveis e impossíveis, alcançar algum degrau totalmente insignificante para vossa verdadeira ascensão espiritual!

Abandonai tal brincadeira que rouba o tempo e que já tantas vezes se transformou em tormentos mortificantes, que nada mais significa do que as autofustigações e flagelações de outrora nos conventos. É apenas uma outra forma delas, a qual tampouco poderá vos trazer proveito.

Os chamados mestres e discípulos do ocultismo são modernos fariseus! Na mais fiel acepção do termo. Constituem legítimas reproduções dos fariseus do tempo de Jesus de Nazaré.

Lembrai-vos com alegria pura que podeis, sem nenhum esforço, através de vosso simples e bem-intencionado intuir e pensar, dirigir essa força única e gigantesca da Criação. Exatamente de acordo com a maneira de vosso intuir e de vossos pensamentos são então os efeitos dessa força. Atua por si, bastando apenas que a guieis. E isso se processa com toda a simplicidade e singeleza! Para tal não se faz necessária erudição, nem mesmo saber ler ou escrever. A cada qual de vós é dado em igual medida! Nisso não há diferença.

Assim como uma criança pode, brincando, ligar uma corrente elétrica, mexendo num interruptor, disso decorrendo efeitos incríveis, da mesma forma vos é presenteado o dom de guiar a força divina, através de vossos simples pensamentos. Vós podeis vos alegrar, podeis vos orgulhar, tão logo a utilizeis para o bem! Tremei, porém, se a desperdiçardes ou se a empregardes em coisas impuras! Pois não podeis fugir à lei da reciprocidade que está inserida na Criação. Mesmo que tivésseis as asas da aurora, alcançar-vos-ia a mão do Senhor, de cuja força com isso abusastes, onde quer que vos escondêsseis, e isso através desse efeito recíproco que atua naturalmente.

O mal é produzido pela mesma pura força divina, assim como o bem!

E essa maneira de utilização, deixada a critério de cada um, desta força de Deus uniforme, contém em si a responsabilidade da qual ninguém pode escapar. Por isso clamo a cada um que procura: “Conserva puro o foco dos teus pensamentos, com isso estabeleces a paz e és feliz!”

Regozijai-vos, ignorantes e fracos; pois vos é dado o mesmo poder que aos fortes! Não vos dificulteis, portanto, em demasia! Não vos esqueçais de que a pura e autônoma força de Deus flui também através de vós e que igualmente vós, como seres humanos, estais capacitados a dar a essa força uma determinada direção pela espécie de vossas intuições interiores, isto é, de vossa vontade, quer para o bem como para o mal, construindo ou devastando, trazendo alegria ou sofrimento!

Em virtude de existir apenas essa única força de Deus, esclarece-se também o mistério por que em cada séria luta final as trevas têm de retroceder diante da Luz, e o mal diante do bem. Se dirigirdes a força de Deus no sentido do bem, ela permanece, sem turvação, em sua pureza original e desenvolve desse modo uma força muito maior, ao passo que com a turvação para o impuro se processa ao mesmo tempo um enfraquecimento. Assim, numa luta final, a pureza da força terá sempre efeitos concretos e decisivos.

O que vem a ser bem e mal, cada um sente até nas pontas dos dedos, sem explicações. Cismar a tal respeito só traria confusões. Entregar-se a cismas é desperdício de energias, é como um pântano, um brejo viscoso, que, imobilizando, envolve e asfixia tudo o que está ao seu alcance. Alegria radiante, porém, rompe as barreiras do cismar. Não tendes necessidade de ser tristes e oprimidos! A todo momento podeis iniciar a escalada para as alturas e reparar o passado, seja ele qual for! Não façais nada mais do que pensar no fato de que a pura força de Deus vos perflui continuamente, então vós próprios temereis dirigir essa pureza para canais imundos de maus pensamentos, porque sem qualquer esforço podeis alcançar da mesma maneira o mais elevado e o mais nobre. Precisais apenas dirigir, a força então atuará por si mesma, na direção por vós desejada.

Tendes assim nas próprias mãos a felicidade ou a infelicidade. Erguei, portanto, orgulhosamente a cabeça e livre e destemidamente a fronte. O mal não pode se aproximar, se não o chamardes! Conforme vós optardes, assim suceder-vos-á!

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