Uma grande opressão paira sobre toda a feminilidade terrena, desde que foi difundida a ilusão de que a destinação principal de uma mulher seja a maternidade. Com falsa compaixão e freqüentemente até com disfarçada alegria maliciosa, olham muitas pessoas para as moças, que não se casam, e igualmente para as mulheres, que no matrimônio não tiveram filhos. A expressão “solteirona” ou “titia”, que na realidade é um título honroso, é muitas vezes pronunciada com leve zombaria, com um pesaroso encolher de ombros, como se para a mulher terrena o matrimônio fosse o mais elevado de seus alvos, sim, até mesmo sua finalidade.
Que esse falso conceito tenha se difundido e alojado por milênios, de modo tão nocivo, faz parte das principais conquistas de Lúcifer, que com isso visou a degradação da feminilidade, aplicou o golpe mais duro à verdadeira humanidade. Pois, olhai ao redor! As danosas excrescências da conceituação falsa orientaram, de antemão, a maneira de pensar dos pais e das moças em linha bem reta para o sustento terreno por meio de um matrimônio! Tudo converge para isso. Mesmo a educação, todo o pensar, falar, agir, desde os dias da infância de cada moça até a maturidade. Então, a oportunidade é procurada, proporcionada, ou, onde essa não é conseguida, até ainda trazida à força, para que relações possam ser travadas com o objetivo final de um casamento!
É literalmente inculcado na moça que ela passará pela vida sem alegria, se não puder caminhar ao lado de um homem! Que, de outro modo, jamais será levada a sério! Para onde quer que uma criança do sexo feminino olhe, ela vê as glorificações do amor terreno com o alvo supremo de uma felicidade materna! Assim se forma a idéia artificialmente imposta, de que cada jovem, que não pode ter isso, é digna de lástima e tem, em parte, a sua existência terrena perdida! Todo o pensar e querer é orientado nesse sentido, literalmente inoculado na carne e no sangue desde o momento do nascimento. Tudo isso, porém, é uma obra bem hábil de Lúcifer, que objetiva a degradação da feminilidade humana.
E esse encanto tem que ser tirado agora dessa feminilidade terrena, se é que ela deva elevar-se! Somente dos escombros dessa ilusão de até agora pode resultar o elevado, o puro! A nobre feminilidade, desejada por Deus, não conseguiu desenvolver-se sob essa mais astuciosa investida de Lúcifer contra os espíritos humanos, os quais todos poderiam, desde o início, ter se esforçado unicamente rumo à Luz, se tivessem seguido firmemente as leis primordiais da Criação, deixando-se guiar por elas.
Tornai-vos finalmente espirituais, ó criaturas humanas; pois sois do espírito! Reconhecei e sede também suficientemente fortes para assimilar que a felicidade maternal, tida como o supremo alvo da feminilidade terrena e a sua destinação mais sagrada, tem suas raízes somente no enteal! A destinação mais sagrada da mulher humana, no entanto, situa-se muito mais alto, reside no espírito!
Nem sequer uma vez vos veio à mente que tudo aquilo, que até agora enaltecestes, pertencia exclusivamente à Terra, à vida terrena em sua limitação! Pois casamento e procriação existem apenas na parte de matéria grosseira desta Criação posterior. Feminilidade, contudo, existe na Criação inteira! Isto, pois, deveria dar-vos motivo para uma reflexão! Mas não, era esperar demais de vós.
Assim como se procura levar os animais livres, pouco a pouco, para um corredor pouco perceptível, previamente construído com cuidado, o qual eles não podem distinguir da livre e bela floresta, que, contudo, conduz ao cativeiro, da mesma forma sempre impelistes vossas filhas apenas na direção daquele único alvo... do homem! Como se essa fosse sua destinação principal!
A ilusão dessa falsa conceituação assemelha-se a tabiques, colocados à direita e à esquerda, que, por fim, nem deixavam as pobres crianças pensar de modo diferente, senão na mesma direção. Deste modo, muitas moças, então, ainda “se salvaram” a todo custo com um salto para um casamento, que a elas próprias custou sacrifício, apenas para na velhice não sofrer miseravelmente as conseqüências dessa falsa maneira de ver, as quais, como espadas ameaçadoras, pendem sobre cada moça e também hoje ainda existem.
É também somente um protesto íntimo, que desperta de modo completamente inconsciente, uma revolta do até então tão subjugado espírito, quando, no processo inicial de fermentação de uma nova época, a juventude quis fugir desse estado doentio, porém não reconhecido, com o que, infelizmente, caiu em algo ainda muito pior, na idéia de companheirismos livres e, com isso, também no matrimônio de companheirismo. No fundo, é ainda a mesma excrescência da idéia luciferiana, que traz em si a desvalorização das mulheres, só que de outra forma. Pois algo de puro não podia originar-se, uma vez que a opressão das trevas paira sinistramente sobre todas, segura-as firmemente enlaçadas e as mantém todas de nuca curvada sob este jugo.
Tinha que permanecer o errado, mesmo que a forma fosse modificada. O golpe para a libertação da verdadeira feminilidade agora só pode vir ainda de cima! A humanidade, por si, não consegue fazê-lo, uma vez que se emaranhou e se escravizou demasiadamente.
Aí não ajudam mais leis ou formas novas. A salvação está apenas na compreensão de todas as leis primordiais da Criação. Deveis finalmente aceitar a Verdade, conforme ela realmente é, não como a julgastes, por terdes sido tão acessíveis às insuflações de Lúcifer.
Eu quebro esse encanto, que tão funestamente pairou até hoje sobre a feminilidade terrena! Eu envio um raio da Luz para as trevas, que, confundindo-vos, ainda vos mantêm presos.
Com a idéia de que a feminilidade humana devesse procurar a finalidade principal da existência na maternidade, o feminino foi desvalorizado e desonrado! Pois com isso ela foi rebaixada, atada ao enteal! Lúcifer nada mais precisou fazer do que lançar a idéia no mundo, que foi acolhida e tornou-se depois, lentamente, conceito sólido, que ainda hoje domina o modo de pensar humano, obriga-o naquela uma direção, que impede um vôo do espírito para as alturas límpidas e luminosas!
Punhos imundos dos asseclas de Lúcifer colocaram-se com isso sobre a feminilidade humana, vergando suas nucas. Fora com isso! Libertai-vos agora dessas garras, que vos prendem embaixo! Pois esse conceito, tão-só, trouxe em suas conseqüências tudo quanto tem que desonrar a mulher. O mantozinho bonito da sagrada maternidade, as canções em louvor do amor materno jamais conseguirão aliviar a opressão dos punhos escuros, também não tornarão luminosos esses punhos pretos.
Escutai a minha palavra: com esse conceito se fez da mulher humana um animal materno! Despertai, moças, mulheres, homens, para reconhecer finalmente toda a terribilidade dessa idéia! Trata-se nisso de um direito sagrado para vós!
Lúcifer pôde orgulhar-se dessa conquista! Eu a arranco das mãos de seus asseclas! Atiro-a destroçada aos seus pés!
Já disse uma vez que Lúcifer, na feminilidade inteira, procurou desferir o golpe mais pesado contra a verdadeira humanidade e, infelizmente... também pôde desferi-lo bem demais!
Segui vós mesmos o pensamento, que ele, com grande astúcia e malícia, jogou entre vós: lisonjeou-vos hipocritamente com a idéia de uma maternidade como missão suprema da mulher! Contudo, à maternidade pertence o instinto terreno, e para este ele quis construir com a idéia uma base mais elevada, para que ele se tornasse dominante e obrigasse todo o pensar dessa humanidade terrena para aquela única direção. Um plano arquitetado com admirável astúcia! Cautelosamente, brincou aí com vossos sentimentos como um artista de primeira classe toca o seu instrumento, ao apresentar sedutoramente a maternidade e o amor materno diante de vossos olhos como escudo para seus intentos, a fim de que não pudésseis reconhecer o que espreitava por trás disso. E conseguiu-o integralmente.
Ouvistes o som sedutor, que ressoou em vós de modo límpido, contudo, não reparastes nas mãos sujas, avidamente crispadas, que produziram a melodia! O supremo alvo e sagrada destinação! Isso pairava diante de vós, vós o avistastes de modo claro e luminoso. Mas apesar da claridade é, no entanto, também a mais pura irradiação do enteal, não do espírito! O animal incandesce nela até o seu ponto máximo, realiza-se nisso e entrega-se por completo, porque ele próprio se origina do reino do enteal! Torna-se grande nisso, luminoso e claro! No ser humano, porém, existe ainda algo mais forte, que deve e tem que estar acima, se ele quiser ser integralmente ser humano... o espírito!
Como tal, ele não pode e não deve permanecer no enteal, não deve estabelecer como o mais alto de seus alvos algo, que pertence absolutamente ao enteal e que também tem que permanecer sempre nele, segundo as leis primordiais da Criação! Assim, Lúcifer colocou a armadilha com extraordinária habilidade, que forçou o espírito humano para o enteal, manteve-o preso aí, o que conseguiu tanto mais facilmente, porque o ser humano viu nisso o belo e luminoso, que traz em si tudo o que é puro, portanto, também a mais alta irradiação do enteal.
Sim, sagrada é a maternidade, sem dúvida, e sua coroa o amor materno, mas ela não é, apesar disso, a missão suprema da feminilidade humana, não é a destinação, que tem na Criação. A maternidade está enraizada no enteal, apenas é incandescida por vontade pura, embora, nas criaturas humanas, não seja em todos os casos. Nos animais, porém, sempre é com toda certeza.
Permanece, apesar disso, na mais elevada irradiação do enteal, que só pode ligar-se diretamente com o que é material. Mas somente quem tiver estudado minuciosamente a Mensagem do Graal e a tiver assimilado poderá me compreender também nisso por completo.
O que Lúcifer quis com isso, realizou-se; pois ele conhecia muito bem as conseqüências do desvirtuamento das leis primordiais desejadas por Deus, o que ele, assim, fez executar pelos próprios seres humanos. Demarcou-lhes apenas um alvo errado, que correspondia bem à preguiça espiritual e às fraquezas deles, e todo o pensar e intuir foi sintonizado nisso, com o que tinham de seguir por caminhos errados.
Portanto, ele mudou nisso somente a alavanca, com o que teve de ocorrer a catástrofe do descarrilamento. Lúcifer só havia adulado o instinto de modo hipócrita, com isso, no entanto, ergueu-o a enorme poder e força!
Além disso, ele sabia perfeitamente que o crescimento do intelecto na criatura humana tinha que se tornar ainda um forte apoio para esse poder do instinto, devido ao correspondente efeito dos pensamentos, que pode fazer aumentar o desejo pernicioso até um estado febril. E, com isso, o ser humano, por fim, estava totalmente escravizado dentro de si mesmo, o que nunca pode acontecer a um animal!
O belo nome “maternidade” permaneceu sempre somente o escudo enganador, com o qual, fingindo, ele pôde iludir-vos. No entanto, a intensificação do instinto como a conseqüência absoluta era seu objetivo. Esta chegou, por fim, ao estado doentio, tal como ele tinha previsto com exatidão, escravizou a maneira de pensar de todos os seres humanos de ambos os sexos e tornou-se para muitos a esfinge enigmática, como se apresenta hoje o instinto doentio, com o qual a criatura humana tantas vezes luta, revoltando-se inutilmente.
A raiz e a solução do enigma, porém, está exclusivamente nessa idéia luciferiana, a qual a vós, criaturas humanas, foi lançada como escárnio contra as leis, que a vontade de Deus colocou na Criação para vossa bênção, devendo favorecer-vos. E vós a pegastes, enganchaste-vos nela como o peixe faminto ao anzol, só porque vós próprios tivestes prazer nisso! No sexo masculino isso se efetivou como uma grave e incurável epidemia!
Assimilai em vós realmente o conceito da pura e elevada feminilidade, então, estareis livres dessas pesadas cadeias, que vos causaram indizíveis sofrimentos e muitos tormentos de alma. Com essa idéia luciferiana toda a feminilidade terrena foi roubada do mais nobre, tornou-se joguete e caça de criaturas masculinas vis e um querido animal maternal até para o homem sério. A convicção errada ficou pairando, então, no ar, como se costuma dizer popularmente, na realidade, ela se tornou viva e foi plasmada no mundo da matéria fina, flutuou continuamente em torno de vós, influenciou-vos ininterruptamente, até que vós próprios nada mais pudestes fazer, senão aceitá-la.
Eu corto esse laço prejudicial; pois é falso!
A mulher encontra-se espiritualmente no lugar mais alto, quando, antes, tiver se tornado verdadeiramente consciente de sua feminilidade! E sua missão não é consagrada em primeira linha à maternidade! Conforme eu já disse, esta existe apenas para o vosso corpo terreno, e isso é tudo! E, todavia, a feminilidade encontra-se em todos os planos, mesmo no puro espiritual, entre os primordialmente criados, no lugar mais alto! Mas é legítima feminilidade, em sua elevada, intangível dignidade!
Aparentemente eu tiro muito de vós, quando agora afirmo que a maternidade pertence apenas ao reino do enteal! É um corte profundo, que sou obrigado a proceder agora, se é que deva ajudar-vos. A maternidade permanece na região do enteal, nele se desenrola. Se fosse a mais elevada finalidade das mulheres, então elas estariam em muito má situação.
Observai, pois, o animal, ele é na realidade totalmente instintivo, muitas vezes mais forte no amor materno do que jamais o consegue o ser humano; pois é íntegro em tudo o que faz, porque só faz aquilo, a que é impulsionado por seu sentimento, sem cismar a respeito. Assim, também morre pelos seus filhotes e não teme nenhum inimigo. A mesma base para o amor materno também está condicionada no ser humano de acordo com a lei da natureza, se não o oprimir mediante seu pensar intelectivo. Ele permanece, porém, ligado ao corpo, e este é enteal, com todas as suas irradiações, nada mais.
Bem que nisso uma ou outra pessoa também já pressentiu o certo. Não é em vão que já se diz hoje que somente aquela é verdadeira mãe, que em tempo certo pode tornar-se também amiga de seus filhos.
Quanta sabedoria há nisso! Quando uma mãe pode tornar-se amiga da filha adolescente! Isto significa, tão logo a moça deixa a infância para trás, que também ela tem que alterar ou abandonar sua condição de mãe de até então, se quiser seguir junto de sua filha, na qual o espírito chega ao desabrochar na maturidade, conforme já esclareci nitidamente em minha dissertação sobre a força sexual.
Até lá, predomina exclusivamente o enteal na criança, o qual foi preenchido integralmente pelo amor materno original. O espírito que desabrocha, contudo, exige então mais do que apenas o amor maternal de até então. Com este, ele também não tem muito a ver, porque uma hereditariedade espiritual jamais pode ocorrer, pelo fato de cada espírito no corpo infantil ser estranho também para a mãe, e ele unicamente pode sentir uma ligação através de espécies iguais.
O mais, que então o espírito exige, só pode ser dado a uma moça por aquela mãe, que ao mesmo tempo se torna sua amiga! Que, portanto, com ela se liga espiritualmente. Este é um processo, que no nascimento e na infância ainda não era possível, mas que só se desenvolve com o irromper do espírito na maturidade, não tendo conexão com a maternidade e com o amor materno. Só então ocorre, em tais casos, a ligação espiritual, que é mais elevada do que o amor materno, que apenas tem raízes no enteal.
Se uma tal ligação espiritual não puder se realizar, então, será certa uma separação depois da maturidade, como se dá com os animais. Nos seres humanos, contudo, ela permanece no interior e raramente se torna visível, porque exteriormente as contingências e a cultura mantêm uma ponte aparente, que não se percebe nos animais.
A missão suprema na existência da feminilidade na Terra é a mesma, que desde sempre existiu nas regiões mais elevadas: enobrecimento de seu ambiente e constante suprimento da Luz, que só a feminilidade, na delicadeza de sua intuição, pode oferecer! Enobrecimento, porém, acarreta incondicional ascensão rumo às alturas luminosas! Isso é lei do espírito! Por isso, tão-só a existência da legítima feminilidade condiciona de modo inamovível também a ascensão, o enobrecimento e a conservação da pureza de toda a Criação.
Lúcifer sabia disso, porque está nas leis da Criação, e procurou impedir o processo natural em seu desenvolvimento pela prejudicial e falsa idéia básica, que apresentava sedutoramente o instinto do corpo terreno e o efeito do mesmo como o mais elevado. Com isso, ele gotejou o veneno em toda a verdadeira humanidade, a qual, em decorrência disso, para seu próprio prejuízo, torceu, sem pressentir, o movimento ascendente dos caminhos retos dessas leis primordiais da Criação, de maneira que eles tiveram de causar paralisação e conduzir depois para baixo, portanto, trazendo danos a todos os espíritos humanos, ao invés de bênçãos!
Ele sabia o que com isso fazia. Submergindo no enteal, perdendo-se, a feminilidade humana também não pôde desenvolver-se, teve que ficar confusa quanto a si e a sua finalidade principal e trouxe, com isso, confusão até mesmo a esse enteal, porque ela não pertence a ele.
O enobrecimento do seu ambiente é, portanto, a missão principal de uma mulher também aqui na Terra, na materialidade! Tendo vindo de cima, mantendo-se em cima com sua delicada intuição, conduzindo com isso novamente para cima, ela é a ancoragem do homem na Luz, o apoio, de que ele necessita na sua atuação na Criação. Para isso, porém, não é necessário nenhum matrimônio, nem mesmo conhecimento ou encontro pessoal. Unicamente a existência da mulher na Terra já traz a realização.
O homem encontra-se na Criação com a frente voltada para fora, a fim de lutar, a mulher, no entanto, protegendo-lhe as costas, mantém a ligação com a Luz e forma assim o núcleo, o suprimento de força e o fortalecimento. Onde, porém, a podridão pode imiscuir-se no núcleo, também a frente está perdida! Mantende isso sempre diante dos olhos. Nada mais adianta, então, se a mulher procura se colocar na frente, ao lado do homem, onde não é o seu lugar. Em tal luta somente enrijece sua intuição delicada, esgota-se, com isso, a mais alta capacidade e força, que outrora lhe foram dadas como algo próprio, e tudo tem que acabar em escombros!
É, contudo, conhecido por todos que homens, mesmo nas regiões mais retiradas desta Terra, imediatamente se aprumam mais, procuram até se comportar de modo mais bem-educado, tão logo se aproxime uma criatura feminina, com a qual não precisam trocar sequer uma palavra.
Só a existência e o comparecimento de uma mulher já produzem esse efeito! Nisso se evidenciam bem nitidamente, mesmo que também somente ainda atrofiados, o mistério feminino e o poder, o apoio, que dela promanam segundo as leis da Criação, os quais nada têm a ver diretamente com a procriação na Terra. A procriação é, em grande parte, de espécie enteal.
Vós, moças, e vós, senhoras, lembrai-vos antes de tudo de que sois as portadoras das mais altas missões nesta Criação, que Deus vos confiou! Nem o matrimônio, nem a maternidade são a vossa mais alta finalidade, por mais sagrados que também sejam! Sois responsáveis por vós próprias e estareis firmes, tão logo agirdes de forma certa.
Quão ridícula e repulsiva parecer-vos-á a loucura da moda, à qual sempre vos subjugastes voluntariamente e até de modo incondicional. O que foi lançado no mercado pelos fabricantes da moda, de maneira insensata para fins lucrativos, vós o aceitastes como bichos, aos quais são atiradas gulodices!
Reconhecereis ainda a vergonha, que nisso havia, já na aceitação das aberrações, às vezes bastante duvidosas, dos conceitos de beleza autêntica. De pureza, nem se pode falar aí. Nisso, ela já sempre foi conspurcada de uma maneira, que em descaramento não podia mais ser superada. Depois de anos ainda subirá o rubor da vergonha em vossas faces, quando aprenderdes a reconhecer quão profundamente tínheis afundado nisso!
Pior ainda é a exibição consciente e intencional do corpo, que a cada um deve ser sagrado, a qual já tantas vezes esteve em moda. Somente a vaidade mais baixa poderia permitir uma queda da feminilidade a tal profundidade. E essa vaidade, que proverbialmente já desde muito faz parte da mulher, é a imagem vergonhosa daquilo, de como a feminilidade deveria realmente atuar segundo as leis divinas.
Nisso, porém, o homem é tão culpado quanto a mulher! Precisava, sim, apenas desprezar tais coisas, logo a feminilidade ficaria de lado, isolada e envergonhada, mesmo que houvesse antes surgido nela uma raiva injusta. Assim, no entanto, ele saudou a queda da mulher, pois, com isso, ela correspondia melhor às fraquezas e aos desejos, que ele já trazia em si aumentados de modo doentio por causa da idéia luciferiana.
Não com a vaidade, que sempre condiciona falta de pudor, pode a feminilidade cumprir a sua missão na Terra, mas com a graça, que como a mais bela dádiva do espírito somente a ela foi concedida! Cada expressão do rosto, cada movimento, cada palavra deve trazer, na feminilidade, o cunho de sua nobreza de alma! Nisso reside sua missão, também seu poder e sua grandeza!
Instruí-vos nisso, deixai-vos aconselhar a tal respeito, deixai que se torne legítimo, o que agora procurais substituir pela baixa vaidade! A graça é terrenalmente vosso poder, a qual deveis cultivar e utilizar. Mas graça não pode ser concebida sem pureza! Já o nome em si dirige no conceito os pensamentos e a mente rumo à pureza e às alturas, atua de modo dominante, intangível e sublime! A graça faz a mulher! Somente ela traz em si a verdadeira beleza para cada idade, para cada forma corpórea;pois torna tudo belo, visto ser a manifestação de um espírito puro, no qual se encontra sua origem! Graça não deve ser confundida, por isso, com flexibilidade, que se origina do enteal.
Assim deveis e tendes de encontrar-vos na Criação! Tornai-vos, por isso, espiritualmente livres em vós, senhoras e moças! A mulher, que apenas quer viver como mãe em sua existência terrena, errou sua verdadeira finalidade e sua missão!