Já desde sempre vibra nos seres humanos um saber a respeito da rainha primordial, designada por alguns também de mãe primordial, ou rainha do céu. Há ainda muitas outras denominações, e como sempre, com a denominação os seres humanos imaginam algo bem determinado, que corresponde aproximadamente à respectiva denominação, a qual serve apenas para despertar uma imagem disso no espírito.
Tal imagem se orienta então naturalmente sempre de acordo com a respectiva espécie de uma denominação e, não por último, fortemente também de acordo com o caráter e cultura da pessoa que, ao ouvir, deixa surgir em si a imagem. Sempre, porém, cada denominação diferente fará surgir também uma imagem diferente. Isto, no espírito humano, nem é possível de outra maneira. A denominação na palavra desperta uma imagem, e a imagem, por sua vez, forma a seguir então o conceito. Nessa seqüência reside o círculo de movimentação do ser humano terreno ou, melhor dito, do espírito humano encarnado na Terra.
Tendo ele partido desta Terra, então se extingue para ele também a denominação na palavra, como a permanência na Terra o condiciona e conhece, e permanece-lhe ainda a imagem, que nele então tem de formar o conceito.
A palavra terrena, e a imagem, que surge no espírito, são, portanto, para o espírito humano os meios auxiliares para formar o conceito. A esses meios auxiliares juntam-se por fim ainda a cor e o som, para ainda completar direito o conceito. Quanto mais alto o espírito humano subir na Criação, tanto mais forte sobressaem então a cor e o som em seus efeitos, ambos na realidade não são duas coisas separadas, mas, sim, uma só. Para o ser humano apenas parecem ser duas, porque em sua condição terrena não é capaz de abrangê-las como uma só. —
A participação da cor e do som na formação de um conceito nós também já encontramos aqui na Terra nesta matéria grosseira, mesmo que proporcionalmente delineada somente de modo fraco; pois muitas vezes, na formação do conceito a respeito de uma pessoa, a sua escolha das cores para seu ambiente e seu vestuário representa um papel que não deve ser subestimado, mesmo que para o ser humano seja, na maioria dos casos, inconsciente.
E no falar, através da entonação alternada utilizada, involuntariamente ou também de maneira proposital, fica este ou aquele dito formalmente sublinhado, destacado e, conforme se diz muito bem: “acentuado”, a fim de despertar com o que foi dito uma “impressão” bem determinada, o que não significa outra coisa senão querer deixar surgir com isso o conceito certo no ouvinte.
Na maioria dos casos isso também é alcançado, porque de fato facilita ao ouvinte, com a entonação correspondente, formar uma “imagem” mais correta do dito.
Naturalmente não é diferente também com os efeitos das diversas denominações a respeito da rainha primordial. Com a denominação rainha primordial surge uma imagem bem diversa do que com a denominação mãe primordial. A expressão rainha primordial também cria desde logo uma certa e justificada distância, ao passo que mãe primordial quer ligar mais intimamente.
Além do mais, justamente tudo a esse respeito terá que permanecer sempre um vago conceito para os seres humanos, visto que com cada uma de suas tentativas para compreensão só pode provocar uma imensa restrição e diminuição do que realmente é, a qual não lhe transmite aquilo, que é!
Ainda assim quero dizer alguma coisa a respeito, porque senão a fantasia doentia dos seres humanos, incentivada e, determinante, também dirigida pela sua presunção, cria disso idéias, que, por sua vez, como sempre nisso, procuram impelir notoriamente para o primeiro plano alguma importância e apreciação do espírito humano terreno.
Para que isso não possa acontecer e para evitar equívocos, quero falar uma vez sobre isso, principalmente porque também nas concepções agora já existentes encontra-se muita coisa errada.
O pensar e desejar próprio em demasia dos seres humanos desempenha um papel nisso. E isso sempre acarreta confusão, quando se trata de coisas, que o ser humano sequer pode imaginar, mas que simplesmente só consegue receber se oferecido de cima, pressuposto que tenha preparado em si o terreno para a recepção, do que faz parte a humildade, a qual o ser humano do tempo atual não possui.
E para aumentar ainda mais a confusão, muitas pessoas também denominam a mãe terrena de Jesus de rainha celestial, o que, com alguma noção das rígidas leis primordiais da Criação, nem poderia ter sido possível, porque um espírito humano terreno, como o foi Maria de Nazaré, jamais conseguiria tornar-se rainha do céu!
Assim também com as inspirações e aparições, que muitos artistas e outras pessoas tiveram da rainha do céu com a coroa, nunca se referiu a Maria de Nazaré, se é que aí se tratasse de imagens dadas do alto. Em muitos casos eram apenas configurações próprias de fantasia.
As legítimas aparições, porém, mostravam sempre imagens de Elisabeth com o menino Parsival ou também sem ele. Foram apenas imagens móveis, mostradas por guias, nunca a própria Elisabeth, que não pode ser vista por seres humanos, se estes não forem especialmente capacitados e agraciados, o que não é tão simples.
Contudo, tais imagens sempre ficaram incompreendidas pelos seres humanos. Era, sim, a rainha do céu, nisso estavam certos; pois para ela dirigiram na maior parte das vezes seus anseios e seus rogos; mas ela não era equivalente a Maria de Nazaré. A tal respeito os próprios seres humanos outra vez juntaram algo, sem encontrar a verdadeira e legítima correlação. Infelizmente sempre o fazem assim, conforme eles pensam, e supõem que então também tem de estar certo, enquanto nem são capazes de pensar até o divino.
Também neste ponto os seres humanos terrenos causaram muito infortúnio na arrogância do seu querer saber próprio, e dificultaram com isso de maneira inenarrável o caminho de Maria de Nazaré. Foi para ela um tormento, ser tão forçadamente ligada a esses caminhos errados dos seres humanos terrenos, ligada por estes próprios.
Tais erros têm sua origem, perfeitamente compreensível, novamente na maior epidemia, inimiga da Luz, dos espíritos humanos, em sua preguiça espiritual, que sob o domínio do intelecto ou torna-os espíritos presunçosos presos à Terra, ou, no caso de querer religioso, os faz cair no lado oposto, em toda sorte de imaginações pueris, considerando tudo possível. Chamo isso categoricamente de pueril, porque não é infantil; pois o infantil contém em si formas muito mais sadias, ao passo que o presunçoso preso à Terra, como também a imaginação pueril, só resulta em obras fragmentárias doentias e desconexas.
Por isso torno a clamar hoje: aprendei a receber, seres humanos, só então podereis tornar-vos realmente grandes nesta Criação!
Nisso reside tudo para vós, se quiserdes tornar-vos felizes e sabedores. Para tanto, contudo, deveis dispor-vos, senão nada podereis obter. E por isso até agora vos foi vedado usufruir as verdadeiras preciosidades desta Criação.
A vós, que quereis receber, posso hoje esclarecer algo mais, caso tenhais assimilado direito a dissertação sobre “O enteal”; pois esta vos habilita também a compreender-me. Ela tinha que preceder os esclarecimentos, que agora seguirão pouco a pouco.
Também eu já falei na Mensagem da rainha primordial da feminilidade, a qual porta o nome “Elisabeth”. A designação mãe primordial também é utilizada de forma bem correta para ela, só que nisso o ser humano também tem que imaginar o certo, se quiser aproximar-se da verdade contida no conceito.
O “fazer uma idéia” é a imagem, da qual eu falei, que molda o meio auxiliar para a formação do conceito na atividade do espírito humano.
Deixai agora primeiro uma vez surgir perante vós minhas dissertações sobre o enteal, onde afirmo que o feminino, por conseguinte também a mulher, constitui sempre a transição, a ponte de um degrau da Criação para o outro para cima e para baixo!
Trata-se de uma lei, que inicia a vigorar naquele degrau, onde a autoconsciência das espécies enteais individuais torna-se capaz de começar a atuar. E esse degrau encontra-se primeiro no divino, na região divina!
Vós sabeis, unicamente Deus é inenteal! E com Ele na origem os Seus filhos, como as partes apartadas e, no entanto, com Ele permanecendo unos.
Tudo o mais é enteal. A isso pertencem em primeiro lugar, como colunas do trono, os quatro arcanjos. Estes vibram ainda completa e exclusivamente na vontade de Deus, sem querer outra coisa por si próprios. E como nada existe, que na Criação não se transformasse naturalmente em forma segundo a lei de Deus, esses anjos, que não ativam em si próprios uma vontade, mas vibram somente na vontade de Deus, portam asas!
As asas são a expressão formada de sua espécie e uma prova de que eles vibram de modo puro na vontade de Deus e não querem outra coisa. Caso mudassem nisso, como outrora Lúcifer, então suas asas teriam de se atrofiar naturalmente e por fim cair totalmente enrijecidas, tão logo um vibrar na vontade de Deus deixasse de existir.
E quanto mais puros eles vibram na vontade de Deus, tanto mais luminosas e puras são também suas asas!
Onde, porém, a consciência do Eu pode surgir, lá essas asas desaparecem e, nos espíritos, já de antemão elas nem são desenvolvidas, porque o espiritual tem que desenvolver vontade própria, e não vibra incondicionalmente na vontade de Deus.
Precisais apenas habituar-vos à idéia de que na Criação tudo é imediatamente real, e no enteal tanto mais pronunciado, porque lá a vontade própria nem entra em consideração, e sim tudo se adapta sem reserva à vontade de Deus.
Exatamente nessa circunstância, porém, reside uma força, a qual nem podeis imaginar. No renunciar a si mesmo ou no entregar-se está enraizado o poder de transformar também aquilo, que denominais de natureza. Nisso, apenas uma coisa quero vos indicar, porque talvez possa auxiliar-vos a compreender mais facilmente as explanações, se eu vos conduzir ao mundo animal aqui na Terra. Mesmo ainda aqui nesta materialidade grosseira, os animais possuem aptidões, que vós não podeis imitar, e que somente vêm da dedicação, da adaptação às leis da Criação.
Contemplai as camuflagens dos animais, que ainda vivem livres na natureza e, por isso, estão ainda mais estreitamente ligados a ela! Tendes, muitas vezes, de procurar atentamente os animais, tão difícil é para vós distingui-los de seu ambiente, no qual vivem, tão bem estão adaptados a esse ambiente para se proteger de seus inimigos.
Isso surgiu unicamente do desejo natural desses animais, que eles trazem dentro de si, de não serem logo notados em caso de perigo. Esse desejo, essa ânsia formou naturalmente as cores de sua plumagem, ou de seu pêlo, sua pele, de modo que se adaptassem totalmente ao respectivo ambiente e, por isso, são dificilmente distinguíveis dele. Isso somente acontece, porque os animais se movimentam espontaneamente na lei da Criação, sem construir obstáculos pelo querer saber melhor, enfim, eles ainda podem receber, mesmo que inconscientemente, mas ao menos correspondendo ainda às leis.
Vede, pois, o leão ou o tigre, o leopardo, vede a doninha, que até no inverno muda de cor para a neve, observai algumas borboletas, em toda parte encontrareis essa surpreendente capacidade de adaptação.
Em animais domésticos, porém, tudo isso está atrofiado, por eles se sentirem seguros e tornarem-se indolentes nessas coisas.
Vós, porém, poderíeis, sabedores disso, realizar muito mais ainda, se... vós vos adaptásseis às leis de Deus desta Criação! Vivenciaríeis milagre sobre milagre. Porém, bem entendido, nunca conforme o vosso querer! Pois nisso reside o limite.
Talvez algumas pessoas dirão intimamente, então o mostra tu, tu que sabes tudo isso e que conheces as leis! Aplaina para ti o teu caminho aqui na Terra com esse poder, que então te é próprio. Nesse caso, seguir-te deve ser somente alegria para todos. Alegria, felicidade e paz, sem luta árdua e sem preocupações.
Eu sei que este ou aquele pensa nisso passageiramente, mesmo que logo depois morda imediatamente a língua, para que a palavra não lhe escape, e ele se culpe, então, de não ser merecedor de receber a Palavra da Mensagem oriunda da Verdade.
E ele tem razão em recriminar-se por pensamentos dessa natureza; pois seria uma repetição daqueles zombadores na cruz de Jesus, entre os quais também ainda se encontravam aqueles, que ansiavam pelo sinal do poder divino, para nele fortificarem-se a si próprios. Encontravam-se realmente muitos de boa vontade entre aqueles, que aí gritaram: “Se és tu o Filho de Deus, ajuda-te então a ti próprio! Desce da cruz!”
Não era somente escárnio, mas também algum anseio temeroso, o que se expressava aqui ou acolá. E isso era humano.
Por isso, não é tão surpreendente, se algum de meus ouvintes pensar hoje de modo semelhante. No entanto, ele esquece que eu me encontro na vontade de Deus e não quero viver de acordo com a vontade dos seres humanos, mas unicamente de acordo com a vontade de Deus. Somente essa eu quero cumprir e nada mais, como também o fez Jesus. E essa vontade de Deus está condicionada nas leis desta Criação. Ela não dá espetáculos que estão fora dessas leis.
Eu sei o que é a vontade de Deus, e ela cumprir-se-á na humanidade naquele momento, em que o cumprimento deve ocorrer. Nem um único segundo será aí negligenciado. Apenas todos os caminhos até lá ainda são capazes de serem movimentados, portanto, neles várias modificações são possíveis. Os pontos de ancoragem determinados, porém, são inabaláveis, também não podem ser deslocados sequer pela espessura de um fio de cabelo.
Exatamente no saber disso aguardo pacientemente e procuro sempre me conformar com o presente, assim como chega até mim; pois posteriormente mostra-se também sempre que este era necessário, urgentemente necessário de ser vivido, para alcançar aquela clareza no amadurecimento dos convocados e aquela firmeza de suas almas, que deve haver, que é inevitável. Por isso, às vezes ainda é muito necessário que eles devam ser rigidamente forjados e incandescidos, martelados por preocupações e lutas, antes que possam subsistir e alcançar a meta, que somente então lhes possibilita o necessário grande atuar para o cumprimento de sua missão! —
Todavia, quero falar-vos da rainha primordial! Eu desviei do assunto por causa de vossos pensamentos, para que agora possais seguir-me calmamente.
No divino, entre os arcanjos e os eternos que se tornaram autoconscientes, que são denominados de anciãos na divindade, que têm sua existência diante dos degraus do trono de Deus, lá, onde o Burgo do Graal encontra-se na esfera divina, é necessária uma transformação, que abrange universos.
Não deveis imaginar este quadro pequeno demais. Distâncias que abrangem universos existem entre os arcanjos e o ponto de saída da esfera divina, onde o Burgo do Graal no divino está ancorado desde a eternidade, onde, portanto, é o limite do efeito imediato das irradiações de Deus.
Isso nada tem a ver com a parte do Burgo do Graal, que até agora vos foi dado a conhecer em imagens como o mais elevado na Criação;pois essa parte, conhecida por vós através de descrição, encontra-se somente no puro espiritual, fora das imediatas irradiações de Deus.
Os degraus do trono de Deus, porém, somente até lá, já abrangem, por si só, distâncias de universos e, na verdade, também universos.
Conforme vós próprios já podeis concluir após alguma reflexão sobre minha dissertação “Mulher e homem”, é necessário, que em cada transformação na Criação deva existir incondicionalmente o feminino como ponte! Essa lei também não é contornada na esfera divina.
Os anciãos eternos no divino, que no limite da esfera divina puderam tornar-se autoconscientes, porque a grande distância da imediata proximidade de Deus o permitiu, não poderiam existir, tampouco poderia haver a formação dos arcanjos, se a Rainha primordial como feminilidade primordial não se encontrasse primeiramente como mediadora para essa transformação e formação, como ponte necessária.
Naturalmente isso nada tem a ver com a maneira e o pensar terrenal de matéria grosseira. Não há nisso nada de pessoal, mas encerra um acontecimento muito maior, que certamente jamais podereis imaginar. Nisso precisais procurar acompanhar, da melhor forma possível.
Elisabeth é a primeiríssima corporificação da irradiação divino-enteal, a forma do puro amor de Deus, que como única nela tomou a forma feminina mais ideal. Ela é, portanto, a configuração primordial da irradiação do amor de Deus, que, como primeira, apresenta forma nela!
Jesus é a forma do próprio amor vivo, inenteal de Deus, como uma parte de Deus.
Apenas falo dessas coisas para que não surja nenhuma imagem falsa em vós, e para que ao menos possais pressentir a conexão posterior a partir daquele ponto onde vós, em vossa compreensão, seguindo para cima, tendes que ficar para trás, se tomardes como base que as leis também mais acima continuam uniformes, já que elas promanam de lá. Lá elas são até muito mais simplificadas, porque somente mais tarde, seguindo para baixo, também têm de fragmentar-se nas muitas apartações e por isso parecem muito mais ramificadas, do que realmente são.
Quando vos digo que cada intuição, cada movimento lá em cima se torna um acontecimento, que faz irradiar o seu efeito para todos os mundos e que desce sobre bilhões de personalidades menores, além de tudo o que é material, então são palavras deficientes, que eu vos posso dar a respeito, são somente palavras de vosso próprio idioma, com as quais tendes de procurar fazer uma imagem.
A real grandeza do fato em si é completamente impossível de reproduzir em palavras, mal pode ser delineada.
Lá, portanto, encontra-se a rainha primordial da feminilidade, e ela tem um trono no Burgo do Graal na parte divinal! Somente no surgimento de Parsival, da parte de Imanuel, ela permaneceu temporariamente encoberta por um véu nos jardins mais elevados da parte puro espiritual do Burgo, perto do limite para o divino.
Ela tem, portanto, sua origem no divino, possui o grande divino-enteal dos arcanjos e traz em si, apesar disso, a autoconsciência na forma mais radiante. Ao lado dela encontram-se os arcanjos e, mais para baixo, os eternos anciãos no divino, que somente são chamados de anciãos ou de mais velhos, porque são eternos, e assim sempre foram, desde a eternidade, como o Burgo do Graal no divino, como ancoragem da irradiação de Deus, a qual, tal como Ele, foi e é eterna, e como também o é Elisabeth, a rainha primordial da feminilidade.
Todavia ela é virgem! Apesar de ser chamada de mãe primordial e Parsival chamá-la de mãe. Um mistério divino, que o espírito humano jamais conseguirá compreender, para isso se acha demasiado distante e tem que permanecê-lo sempre. Ela é no divino a imagem primordial de toda a feminilidade, de acordo com a qual a feminilidade dos primordialmente criados como cópias se formaram.
Vós videntes, que sois agraciados de poder vê-la de vez em quando, depois que para isso vos foram abertos os olhos com o discipulado, que vos presenteou com a centelha do puro espiritual, vós agora compreendereis por que vedes o rosto de Elisabeth sempre com um véu mais ou menos espesso! O véu não está ante o rosto da rainha primordial, mas encontra-se diante de vosso olho espiritual, que não é capaz de enxergar claramente o divino e o vê apenas como que através de um véu, se este for agraciado para uma vez ter que olhar.
Somente o discipulado vos torna capazes para esta graça, senão vós nem poderíeis fazê-lo; pois ser discípulo quer dizer: ser o mais jovem no reino puro espiritual! O mais jovem no plano situado acima do Paraíso, alguém posicionado no limite extremo, servindo como ponte.
Agindo como intermediário entre os primordialmente criados e o Paraíso dos posteriormente criados, onde aos mais perfeitos destes é permitido permanecer. Capacitados para isso são os discípulos através da centelha do puro espiritual, que lhes foi concedida pelo discipulado. Portanto, os discípulos são espíritos humanos da Criação posterior, elevados ao puro espiritual.
Não são muitos em relação à grande obra que une firmemente todas as partes da Criação, para que as radiações da Luz possam fluir mais livre e muito mais facilmente, para levar agora o mais poderoso auxílio a todas as criaturas, para que estejam mais firmes na saudade pela Luz e nas suas sempiternas leis básicas, que sustentam, beneficiam e mantêm toda a estrutura da Criação, para que nada de mal possa ressurgir, depois que o de até agora estiver completamente destruído.
Um verdadeiro Reino de Deus, ao qual ainda deve anteceder, de acordo com a lei, a ressurreição na destruição de todo o antigo!
Vós todos, porém, deveis então ajudar a cumprir a vontade de Deus na Terra e viver conforme a mesma, exemplarmente para toda a humanidade, à qual for permitido sobreviver ao Juízo.