Sagrada é a Palavra! Tão sagrada, que eu sinto vontade de retirá-la novamente da humanidade terrena, porque lhe falta toda noção, sim, até mesmo um pressentir da grandeza dessa Palavra! Sinto-me impelido a, protegendo, ocultar a Palavra, para que jamais entre em contato com a presunção injuriosa ou também com a indiferença dessas almas humanas que, em sua preguiça espiritual, tornaram-se tão incrível e estreitamente limitadas e, com isso, dentro de si desprovidas de saber.
Que sabem elas ainda a respeito da santidade! Da santidade de Deus e também de Sua Palavra! É deplorável! Daria vontade de se desesperar e desanimar diante desse reconhecer. Sinto-me impelido a escolher apenas alguns dentre todos os seres humanos, aos quais ainda continuo a anunciar a Palavra, dez ou vinte apenas, mas também esses poucos não chegariam a um conceito da verdadeira santidade e, dessa maneira, também não a uma sintonização correta em relação à grandeza e ao valor de minha Palavra!
Dar a Palavra Sagrada a estes seres humanos é, para mim, o mais difícil que tenho de cumprir.
O que isso significa, o que jaz nestas palavras, isso vós novamente não podeis abranger! Assim encontro-me perante vós, ciente de que também os melhores dentre vós aqui na Terra jamais me compreenderão acertadamente, nem assimilarão a décima parte do que lhes é dado com minha Palavra. Vós a ouvis e a tendes em mãos, contudo, não utilizais seu valor para vós! Vejo como passam despercebidos os altos valores, as indizíveis forças, enquanto que vós estendeis as mãos a coisas que, em relação à Palavra que possuís, não podem ser consideradas nem como o mais ínfimo grão de pó.
Com este saber encontro-me diante de vós. Cada vez resistindo espiritualmente, dou-vos acesso às elevadas Solenidades do Graal, cujo significado, cuja seriedade e puríssima força, porém, vós nunca compreendereis. Muitos nem mesmo se esforçam sinceramente para ao menos imaginar o sentido de modo certo! Além disso, os elevados atos do Selamento e da Ceia! O Selamento! Vós, tremendo, vos atiraríeis ao chão, se pudésseis reconhecer, ver conscientemente uma ínfima parte da incomensurável vivacidade nesses atos!
Talvez alguma alma humana seja tocada, nisso, por um intuir bem-aventurado a ela desconhecido, que faz pressentir a força da Luz da proximidade de Deus. No entanto, rapidamente tudo isso se apaga novamente com a afluência das pequenas preocupações cotidianas, alegrias cotidianas e prazeres.
Somente quando a alma humana penetra no reino da matéria fina, então lhe advém, pouco a pouco, um novo reconhecimento de tudo aquilo, que pôde co-vivenciar aqui na Terra.
Apesar de que isso seja também apenas uma sombra da pujante grandeza do verdadeiro acontecimento, é suficiente para abalar cada alma humana do modo mais profundo! Mal pode crer que lhe foi permitido vivenciar tudo aquilo, tal é a graça de Deus que aí se manifesta a ela. Preenchida disso, ela gostaria de sacudir, acordar esses seres humanos terrenos, a fim de que rompam a superficialidade e se esforcem para já agora intuir essas graças mais intensamente do que até então.
Porém, esforço inútil! O ser humano terreno, por si próprio, tornou-se embotado demais para isso. Tornou-se incapaz disso, por haver envidado os mais assíduos esforços em seus caminhos falsos. Por isso, com o coração a sangrar, cada alma despertada no reino da matéria fina afasta-se novamente, sabendo com profundo remorso que ela própria não foi diferente aqui na Terra, e por certo também não poderá esperar mais dos que ainda se encontram aqui na Terra.
Assim, também em mim tudo agora se opõe, quando penso que tenho que permitir a divulgação desta sagrada Mensagem através de meus discípulos; pois eu sei que nem um único entre os seres humanos jamais saberá realmente o que recebe com isso, quão imensa e elevada graça de Deus reside no fato de lhes ser permitido ouvir essa Mensagem! A essa ignorância, a essa indiferença, a esse querer saber melhor de tais seres humanos, devo mandar oferecer algo que, em pureza, vem dos degraus do trono de Deus! Custa-me uma luta, custa-me grande esforço! A cada hora novamente!
Nisso, contudo, uma coisa me consola! É satisfação em cada escárnio, em cada zombaria, em cada observação depreciativa ou em cada sinal de indolente indiferença dos seres humanos: meu saber, que cada um desses seres humanos, pelo seu atuar e pensar, se julga na Palavra, cuja grandeza ele não quer ver, pela qual ainda passa desatento. É-me consolo, saber que o ser humano, com cada palavra que pronuncia sobre a minha Mensagem, se dá, ele mesmo, sua própria sentença, que traz em si destruição ou vida para ele!
Este saber me deixa suportar tudo, superar tudo! Nenhuma alma poderá agora fugir dele. Como tal espada julgadora lanço agora a Palavra para vós nos cumprimentos do Juízo Final! Isso faz a tristeza se desprender de mim! Que os seres humanos esbarrem nela como quiserem, eles se ferem somente a si próprios, que escarneçam, zombem ou meneiem a cabeça... tudo atingirá a eles próprios na mais rápida reciprocidade!
Anos se passaram, quando pela primeira vez senti horror ao observar os espíritos humanos, e ver a minha conclusão sobre o destino para eles de acordo com a lei primordial da Criação.
Senti horror, porque vi que era impossível auxiliar os seres humanos ainda de outra forma, a não ser mostrar-lhes aquele caminho que eles têm que seguir, para escapar à destruição.
Isso me deixou indizivelmente triste; pois no atual estado da humanidade só pode haver um fim: a certeza de que a maior parte de toda a humanidade terá que perecer incondicionalmente, enquanto lhe é deixada a livre decisão para cada decisão!
O livre-arbítrio da decisão, porém, segundo a lei na Criação, nunca pode ser tirado do espírito humano! Isso reside na espécie do espírito! E por causa disso, isto é, por si próprias, as grandes massas irão, doravante, sucumbir no presente Juízo!
Cada decisão individual do ser humano traça-lhe os caminhos, que terá de percorrer na Criação, também aqui na Terra. As pequenas coisas de sua profissão e da necessária vida cotidiana constituem nisso apenas coisas secundárias, que muitas vezes ainda resultam de conseqüências de decisões bem remotas e voluntárias. Contudo, somente a decisão é livre para um espírito humano! Com a decisão começa a atuar a alavanca automática que provoca a atuação das leis de Deus na Criação, de acordo com a espécie da decisão! Assim é o livre-arbítrio, de que dispõe o espírito humano! Ele reside somente na liberdade incondicional da decisão. A decisão espiritual, porém, desencadeia imediatamente uma até então misteriosa e espontânea atuação na Criação que, sem que o espírito humano saiba, continua a desenvolver a espécie do querer inerente à decisão, até a maturação e, com isso, a um resgate final, que algum dia subitamente se apresenta, de acordo com a força da decisão original e da nutrição que tal espécie ainda recebeu através da espécie igual durante o seu percurso pela Criação.
Os efeitos de cada uma de suas decisões o ser humano deve então suportar. Isso ele não pode e não deve sentir como injusto; pois, no derradeiro efeito, é sempre apenas o que estava inserido na decisão. Contudo, no efeito final atinge sempre exclusivamente o autor da decisão, ainda que esta tenha sido destinada a outrem. Muitas vezes, por ocasião de um efeito final, a decisão original já fora esquecida há muito tempo pelo seu autor, seu querer e suas decisões são talvez nessa época já completamente diferentes ou até mesmo o contrário que antes, mas as conseqüências das decisões de outrora, mesmo sem o seu conhecimento, seguem calmamente seu curso natural até o fim, de acordo com a lei.
O ser humano encontra-se sempre no meio das conseqüências de todas as suas decisões, muitas das quais ele nem mais conhece e nas quais não mais pensa, e por isso então sente freqüentemente como injustiça, quando isso ou aquilo o atinge inesperadamente como derradeiro efeito. Quanto a isso, porém, pode ficar tranqüilo. Nada o atingirá, senão aquilo para o que ele mesmo, um dia, tenha dado o motivo, aquilo, que ele mesmo, por qualquer decisão, alguma vez tenha literalmente criado, portanto, que tenha “submetido” às leis na Criação para efetivação! Seja isso através do pensar, falar ou atuar! Para tanto, ele movimentou a alavanca. Para tudo é necessário, originalmente, o seu querer, e cada querer é uma decisão!
Entretanto, pelo não reconhecimento das leis da Criação, os seres humanos sempre bradam em relação à injustiça e perguntam onde estaria o tão afamado livre-arbítrio do ser humano! Eruditos escrevem e falam a respeito, enquanto, na realidade, tudo é tão simples! Em qualquer hipótese, um livre-arbítrio só pode existir na capacidade de livre decisão, nunca diferentemente. E esta é e sempre será mantida ao espírito humano na Criação para o seu caminho. No entanto, ele esquece ou não se dá conta sempre apenas de um fato importante: que, apesar de tudo, ele é e permanece somente uma criatura, um fruto desta Criação posterior, que surgiu de suas leis eternas e imutáveis e por isso também jamais poderá desviar-se dessas leis ou desprezá-las! Elas se efetivam, quer ele queira ou não, quer isso lhe pareça conveniente ou não. Nisso ele é um nada, é como uma criança que, passeando sozinha, pode enveredar por seus caminhos de acordo com a sua vontade, depois, porém, fica sujeita à espécie do caminho, não importando se é fácil ou difícil de percorrer, se conduz a um alvo belo ou a um abismo.
Com cada nova decisão de uma pessoa surge, portanto, um novo caminho e, com isso, um novo fio no tapete de seu destino. No entanto, os caminhos antigos, até então ainda não solucionados, continuam, apesar disso, à frente dos mais novos, até que sejam completamente percorridos. Portanto, com um novo caminho, eles ainda não estão cortados, mas sim têm que ser vivenciados e percorridos ainda até o fim. Nisso se cruzam também, às vezes, velhos com novos caminhos, provocando, com isso, novos rumos.
Tudo isso o ser humano terá que resgatar na vivência, e aí se admira muitas vezes de como lhe pode advir isto ou aquilo, porque não ficou consciente de suas decisões anteriores, ao passo que fica sujeito às respectivas conseqüências, até que tenham se exaurido e, com isso, “extinguido”! Não é possível eliminá-las do mundo de outra forma, a não ser pelo próprio gerador. Ele não pode desviar-se delas, uma vez que permanecem firmemente ancoradas nele até o completo resgate.
É necessário, portanto, que todas as conseqüências de cada uma das decisões, até o seu fim, cheguem ao resgate, só então se desprendem do gerador e deixam de existir. Se, no entanto, os fios de novas e boas decisões cruzarem-se com rastros de antigas e más decisões ainda pendentes, então, pelo cruzamento com as novas e boas, os efeitos dessas conseqüências antigas e más serão correspondentemente enfraquecidos e poderão até, caso essas novas e boas decisões sejam muito fortes, ser completamente dissolvidos, de tal forma, que as conseqüências más devem ser resgatadas apenas ainda simbolicamente na matéria grosseira. Também isto está totalmente de acordo com a lei, segundo a vontade de Deus na Criação.
Tudo atua de forma viva na Criação, sem que o ser humano alguma vez consiga alterar algo nisso; pois essa é uma atuação ao redor e acima dele. Dessa forma ele se encontra dentro e sob a lei da Criação.
Em minha Mensagem encontrareis o caminho para chegar com segurança às alturas luminosas através desse labirinto das conseqüências de vossas decisões!
Um grave obstáculo, contudo, antepõe-se a vós no caminho! É o obstáculo que me infundiu o horror: porque vós próprios tendes que realizar tudo isso, cada um sozinho, por si próprio.
Essa condição também reside na lei de vosso livre-arbítrio de decisão, e na conseqüente atuação natural dos acontecimentos na Criação e em vós próprios!
O querer na decisão forma um caminho que, conforme a espécie do querer, conduz para cima ou para baixo. O querer dos seres humanos na atualidade, porém, vos conduz predominantemente só para baixo, e com a descida, que vós próprios nem podeis perceber, diminui e se restringe, paralelamente, a capacidade de vossa compreensão. Os limites da compreensão, isto é, de vosso horizonte, tornam-se dessa forma mais restritos, e por esse motivo imaginais, apesar disso, estar ainda nas alturas, como antes; pois esse limite é para vós, realmente, também a respectiva altura final! Não conseguis seguir até um limite mais amplo, não podeis compreender o que está acima de vosso próprio limite, e recusais tudo isso, meneando a cabeça ou mesmo vos exaltando, como sendo falso ou até inexistente.
Por isso também não abandonais vossos erros tão facilmente! Vós bem os observais em outros, mas não em vós. Por mais que eu vos esclareça esse fato, não o relacionais convosco. Acreditais em tudo quanto digo, enquanto isso se referir aos outros. No entanto, o que tenho a censurar em vós, o que tantas vezes me desespera, isso não podeis compreender, porque para isso todos os limites em volta do querido “eu” tornaram-se demasiadamente estreitos! Eis aqui o ponto, onde tanta coisa fracassa, onde não vos posso auxiliar; pois vós próprios tendes que romper esses limites, de dentro para fora, com a incondicional fé na missão que eu tenho de cumprir.
E isso não é tão fácil, como imaginais. Com fisionomia preocupada vos encontrais muitas vezes perante mim, com amor no coração para a grande missão, e por isso entristecidos com relação a todos aqueles, que não querem ou que não podem reconhecer seus erros, e eu, eu sei que muitos desses erros, que censurais severamente nos outros, por cujas ações vos desesperais, estão ancorados em muito maior grau em vós próprios. Isso é o mais terrível de tudo! E isso está ancorado também no livre-arbítrio da decisão, que tem de ficar convosco, por estar ancorado no espiritual. Eu até posso vos rejeitar ou aceitar, posso vos elevar ou derrubar pela força da Luz, dependendo de como vós próprios o quereis sinceramente, porém, nunca poderei forçar alguém a enveredar por um caminho em direção às alturas luminosas! Isso está unicamente nas próprias mãos de cada ser humano.
Por isso mostro, advertindo, mais uma vez este acontecimento: com cada passo em direção para baixo, estreitam-se cada vez mais os limites de vossa capacidade de compreensão, sem que isso chegue à vossa consciência! Por essa razão também nunca o acreditaríeis, se eu o dissesse a vós, porque não podeis compreendê-lo e devido a isso também não posso auxiliar lá, onde não brote uma nova, grande e espontânea decisão nesse sentido, vinda pelo anseio ou pela fé.
Lá, unicamente, posso conceder a força para a vitória! A vitória sobre vós mesmos, com o que os muros e os estreitos limites serão rapidamente rompidos pelo espírito redivivo, que quer elevar-se às alturas. Eu vos mostro o caminho e, havendo um querer verdadeiro, dou-vos também a força necessária para isso. Dessa maneira posso auxiliar lá, onde existe legítimo querer, legítimo pedir.
Mas novamente encontra-se o ser humano diante de um obstáculo no caminho. Este consiste no fato de que a força somente poderá trazer-lhe proveito, quando ele não só a assimilar, mas sim a utilizar da maneira certa! Ele próprio tem que utilizá-la de modo certo, não permitindo que nele permaneça inativa, senão ela se afasta dele novamente, retornando ao ponto de partida dessa força. Assim, surge um impedimento após outro, quando um ser humano não quer sinceramente com toda a força! Bem poucos são capazes de vencer esses impedimentos. A humanidade já se tornou espiritualmente preguiçosa demais, ao passo que uma ascensão só poderá ser alcançada com contínua atividade e vigilância!
Este acontecimento é natural, simples e grandioso. Nele está ancorada justiça maravilhosamente perfeita, a qual agora também desencadeia o Juízo.
Nisso, porém, poder ser salvo sem humildade é impossível a um espírito humano! A sua presunção de saber encontra-se, impedindo, no caminho da verdadeira humildade. A presunção de um saber, que não é saber algum; pois, em relação às faculdades, o ser humano deve ser designado, na realidade, como a mais bronca dentre todas as criaturas desta Criação posterior, por ser ele demasiado presunçoso para aceitar algo com humildade.
Sobre isso não há o que discutir, pois de fato é assim. O ser humano, porém, não o reconhece, não quer acreditar nisso, também como conseqüência de sua ilimitada presunção, a qual é sempre apenas o produto certo da estupidez. Só a estupidez gera presunção; pois onde existe verdadeiro saber não há lugar para presunção. Esta só pode originar-se dentro dos limites estreitos de uma imaginação inferior, em nenhuma outra parte.
Onde começa o saber, cessa a presunção. E como a maioria da humanidade hoje vive somente na presunção, saber não existe.
O ser humano perdeu, aliás, a noção do verdadeiro saber! Não sabe mais o que é saber! Não é sem motivo que vive na linguagem do povo como sabedoria o conhecido dito: “Somente no maior saber de um ser humano surge a sabedoria da convicção do fato, que ele nada sabe!”
Nisso reside verdade! Se um ser humano, porém, tiver chegado a esta convicção, então se extingue nele a presunção, a recepção do verdadeiro saber pode começar.
Todo o aprendizado adquirido por meio de estudos nada tem a ver com saber! Um estudioso diligente pode tornar-se um erudito, está, porém, ainda longe de poder ser designado de um sábio. Por isso também é errada a expressão ciência, assim como hoje ainda é utilizada. Justamente o ser humano atual até pode falar de erudição, não, porém, de saber! O que ele aprende nas universidades é exclusivamente erudição, como aperfeiçoamento e coroação do estudo! É coisa adquirida, não algo próprio! Somente o que é próprio, porém, é saber! Saber só pode se originar da vivência, não do estudo!
Assim, na minha Mensagem, indico somente o caminho, a fim de que o ser humano, que o percorre, chegue nele a obter vivências, que lhe proporcionem o saber. O ser humano também precisa primeiro “vivenciar” a Criação, se ele quiser realmente saber dela. A possibilidade para o vivenciar, dou-lhe através de meu saber, já que eu próprio vivencio continuamente a Criação!
No futuro teremos, portanto, eruditos e sábios. Os eruditos podem e devem aprender com os sábios!
A presunção não existirá mais no novo Reino, na geração vindoura! Ela é o maior obstáculo para a ascensão, atira agora para a destruição milhões de seres humanos, que não querem ou não podem abandoná-la! No entanto, é bom assim; pois com isso a Criação será purificada das criaturas imprestáveis, que só tomam lugar e alimento dos outros e que ocupam muito espaço, sem produzir o mínimo proveito. Haverá, então, ar fresco para os espíritos humanos úteis!