O Filho de Deus, Jesus, bem como o Filho do Homem, Imanuel, originam-se de Deus! O Filho de Deus, o qual deve ser denominado de o Intragênito, encontra-se, depois de sua volta da Criação, novamente junto a Deus-Pai, ou em Deus-Pai, por isso “intragênito” na própria Divindade, enquanto que o Filho do Homem pode ser denominado de o “Extragênito” proveniente de Deus, que, para o bem da existência de todos os espíritos humanos, permanece com uma parte de si separado de Deus, nascido para fora, para a Criação primordial.
A expressão Filho de Deus e Filho do Homem, porém, jamais foi compreendida direito pelos seres humanos, e até hoje ainda de maneira incompleta por aqueles, que conhecem a minha Mensagem. O ser humano acostumou-se a pensar somente do seu ponto de vista e acredita, por isso, que tudo deve ser considerado também do seu ponto de vista. Esse é o erro. Neste caso, ele somente deve tentar, partindo de cima, encontrar uma compreensão; pois a denominação Filho de Deus e Filho do Homem originam-se de Deus, não dos seres humanos. A estes só foi anunciada dessa forma. Por esse motivo, também o conceito tem que ser intuído a partir de cima, não a partir dos seres humanos.
Portanto, existem na realidade: Jesus, o Filho intragênito, e Imanuel, o Filho extragênito. Ambos são Filhos de Deus e, conforme conceitos humanos, irmãos.
No divino, a denominação Filho de Deus e Filho do Homem é imaginada em sentido descendente, voltada para a Criação, com o que surge imediatamente um conceito diferente, ou, aliás, somente então chega à compreensão. O Filho de Deus é o Filho de Deus junto a Deus, o Filho do Homem é o Filho de Deus enviado para os seres humanos.
O Filho de Deus não foi dado ao seres humanos, os quais, como muitos devotos ainda pensam, podiam sacrificá-lo a Deus-Pai para remissão de seus pecados! Jesus, aliás, jamais lhes foi dado! Ele só queria trazer a Palavra, e voltou, então, pouco a pouco, depois de os seres humanos terem-no assassinado, novamente para Deus-Pai, como ele próprio declarou várias vezes. Mesmo sem ser assassinado, ter-se-ia juntado novamente a Deus-Pai, porque jamais estivera realmente unido ao mundo.
Contudo, Imanuel, o Filho do Homem, foi dado à humanidade por Deus, para que esta pudesse existir através dele e possuísse nele um eterno mediador, através de cuja existência os espíritos humanos sintonizados corretamente também pudessem permanecer eternamente conscientes de si próprios!
Deus deu um Filho para essa finalidade, sem novamente exigi-lo integralmente de volta para Si! Este é o grande sacrifício que Ele fez, esta é Sua dádiva. Este é o Seu sacrifício do Filho prometido para a humanidade! Ele não o exige nem o puxa de volta para a Divindade.
O grande sacrifício de Deus nada tem a ver com a crucificação e com o Filho de Deus, Jesus. Pois a crucificação não foi um sacrifício, nem um sacrifício de Deus e nem da humanidade! Mas justamente porque os seres humanos deram, como autodesculpa, falsas interpretações a esse ato arbitrário cometido contra o Filho de Deus, jamais puderam compreender o genuíno conceito da expressão Filho do Homem, jamais puderam reconhecer o verdadeiro sacrifício de Deus como tal, que se encontra na desejada separação de Deus, necessária para a humanidade, do Seu Filho nascido para fora, para a Criação, cuja colossal grandiosidade jamais será e também jamais poderá ser compreendida pela humanidade!
Que o Filho do Homem, em virtude da viva lei da Luz, não possa ser outra coisa senão o Rei na Criação, representante da trindade de Deus, não vos será demasiado difícil compreender. Colocado por Deus-Pai na Criação, por causa dos espíritos humanos, é ele, pois, o único em toda a Criação, que provém de Deus.
A realeza é determinada pela simples e natural conseqüência do efeito da lei da Luz, que, devido à existência do Filho do Homem, só pode se manifestar assim e não diferentemente. —
Esse acontecimento, em sua consumação, trás para toda a humanidade tanto alívio, como ela própria só poderá compreender depois de passados decênios.
Os espíritos humanos de todas as partes da Criação terão, a partir da hora em que agora o Filho do Homem começar plenamente sua atuação, que é a hora da anunciação, um auxílio muito maior e muito mais forte do que tiveram até agora, desde o começo primordial da Criação. – E por isso deve e tem que se estabelecer a paz por toda parte, a ascensão será muito mais fácil de alcançar, mas também os castigos efetuar-se-ão com muito maior rapidez do que aconteceu até agora naqueles, que querem opor-se à Luz.
Dar-se-á uma reviravolta nos acontecimentos de toda espécie, chegará agora com o Filho do Homem também a transição universal! Este é o motivo, porque tudo, o que ainda quiser subsistir, tem de tornar-se novo, e não pode permanecer nada do antigo, a não ser que já agora dirija seus esforços de acordo com a lei da Luz! Então, poderá permanecer e apenas será purificado, para brilhar igual a todo o novo! Os seres humanos, porém, não sabem quão gratos deveriam ser por tudo aquilo, que se realiza nesta época! — —
Deus fez o grande sacrifício a toda a humanidade e à Criação, exclusivamente através do Filho do Homem! A mim, como Imanuel, não é devido aí nenhum agradecimento; pois estou preenchido da maior alegria por poder servir a Deus em Sua sublime vontade! Só eu, unicamente, posso intuir jubilosamente Sua grandeza, Sua magnificência e sabedoria, Sua pureza, Seu poder! O que significa, perante esse elevado saber e perante essa intuição, a Criação inteira! Nada! Também não sinto que estou aqui por causa dos desejos destes seres humanos, não, olhando para cima, vivo agraciado exclusivamente para o cumprimento da sagrada vontade de meu Pai Sempiterno, do único Deus e Senhor!
Por essa razão, não vos enganeis, será totalmente diferente do que vós, seres humanos, imaginais! Diante de muitas coisas encontrar-vos-eis apenas maravilhados, e muito só compreendereis totalmente depois de anos. Somente no futuro captareis o sentido elevado e puro de tudo, do qual até agora pudestes vivenciar apenas caricaturas! A maldição, que tinha de cair sobre a ostentação de até agora, devido ao pensar errado dos seres humanos, será afastada, esplendor na forma pura tornar-se-á beleza, e todos os tesouros deste mundo brilharão, então, em pureza para honra de Deus, servem no júbilo também à adoração da grande bondade, que fez surgir tudo isso e o deu a esta humanidade para utilização! — — —
O Filho de Deus falou várias vezes na Terra: “Meu reino não é deste mundo!” Com isso, não se referia somente a este reino terreno, mas, sim, a todo o Universo, à Criação! Ele voltou para Deus! E em seu redor encontra-se o reino divino, que ele rege em nome de seu Pai. Seu reino, portanto, não era deste mundo, mas, sim, era e é o Reino de Deus. Isto significa, o reino no divino, que existia eternamente com Deus e eternamente com Ele permanecerá.
O reino do Filho do Homem, porém, é o Universo, a Criação! Deus chamou de intragênito o Filho de Deus; pois este atua no reino divino, que é muito maior do que a Criação inteira. Colocou o extragênito na Criação, pondo-o assim acima dos espíritos humanos, prometeu-o, por isso, a esta humanidade como sendo o Filho do Homem. Aquele Filho, que Ele separou de Si para estes seres humanos, para que ele os governe. Por essa razão, aos agraciados, aos quais é permitido ver imagens do divino, será mostrado em breve e com freqüência o Trígono Divino, em cuja ponta se encontra o Olho de Deus, à direita, Jesus, o Filho de Deus, e então, desde a consumação, agora Imanuel, o Filho do Homem, à Sua esquerda. A imagem demonstra aos videntes a atividade, na maneira como está ancorada na sagrada vontade de Deus. Dois raios partem de Deus, formando o Trígono em direção descendente. Um deles vai em direção ao Filho de Deus em sua atividade, o outro em direção ao Filho do Homem. E a consumada ligação, pois, do Filho de Deus com o Filho do Homem estabelece entre eles o raio de conexão, que ao mesmo tempo constitui o traço de ligação de baixo, que fecha agora esse Trígono.
Assim vos interpreto já hoje a imagem do Trígono Divino, como em breve muitos dos agraciados poderão ver, tão logo o próprio Deus fizer anunciar ao mundo a existência terrena do Filho do Homem. Naturalmente, serão apenas imagens mostradas por guias espirituais, visto que espíritos humanos jamais serão capazes de ver algo divino.